— Workshop

2º Workshop do Projeto de Cooperação
Lutas urbanas pelo direito à cidade e terras comuns no Brasil e na Europa

[Projeto BR2018-8011. Programa Conjunto Colaboração Brasil-Sueca em Pesquisa]

Escola de Arquitetura, UFMG 
Belo Horizonte

09- 11 de Março, 2020

PROGRAMAÇÃO

 09/03/2020 

08h00 – 08h30
Abertura e boas-vindas.
Questões organizacionais.

08h30 – 10h30
Movimentos urbanos na Suécia e na Europa
— Miguel Martinez
— Don Mitchell

10h30 – 10h45
Café

10h45 – 11h45
O contexto dos trabalhos (pesquisa, ativismo e extensão) do Lab Urb (EA -UFMG)
— Jupira Mendonça (EA -UFMG)
— Junia Ferrari (EA-UFMG)

11h45 – 12h30
Debates

12h30 – 14h30
Almoço

14h30 – 16h00
A Agenda urbana (política urbana, movimentos, conflitos) de Belo Horizonte
— Fala 1 Joao Tonucci (UFMG – NPGAU-EA/CEDEPLAR)
— Fala 2 Thiago Cannetieri (UFMG – IGC) Cosmópolis
— Fala 3 Felipe Magalhães (UFMG -IGC)

16h00 – 17h00
Debate

17h30 – 17h15
Café

17h15 – 18h15
Pesquisadores CAPES/STINT + pesquisas em andamento
— Fala 4 Ismael Yrigoy (IBF/Uppsala University)
— Fala 5 Christopher Berg(IBF/Uppsala University)

18h15 – 19h00
Debates

 

 10/03/2020 

8h30 – 10h00
A Agenda urbana (politica urbana, movimentos, conflitos) do Rio de Janeiro
— Fala 6 Timo Bartholl + Geandra Nobre (coletivo Roça)
— Fala 7 Silvia Baptista (MST/Coletiva da Zona Oeste RJ)

10h00 – 11h00
Debates

11h00 – 11h15
Café

11h15 – 12h15
Pesquisadores CAPES/STINT + pesquisas em andamento
— Fala 8 Priscila Musa (Cosmopolis EA-UFMG)
— Fala 9 Marcus Cesar (Cosmopolis EA-UFMG)

12h15 – 13h00
Debate

13h00 – 14h30
Almoço

14h30 – 16h00
A Agenda urbana (politica urbana, movimentos, conflitos) de São Paulo
— Fala 10 Iza Guerra (Brigadas Populares/Usina SP)
— Fala 11 Andre dal’Bo (MTST – SP)

16h00 – 17h00
Debates

17h00 – 17h15
Café

17h15 – 18h15
Pesquisadores CAPES/STINT + pesquisas em andamento
— Fala 12 Marina Sanders (Cosmopolis EA-UFMG)



 11/03/2020 

8h30 – 10h00
A Agenda urbana (politica urbana, movimentos, conflitos) na Amazônia
— Fala 13 Harley Silva (UFPA)
— Fala 14 Rodrigo Castriota (CEDEPLAR- UFMG)

10h00 – 11h00
Debates

11h00 – 11h15
Café

11h00 – 13h00
Debates, Comentários finais.

13h00 – 15h00
Almoço

15h00 -17h00
Reunião para os planos futuros da Cooperação CAPES/STINT

Apresentação/ Justificativa Geral

Este projeto pretende construir uma parceria entre acadêmicos de universidades suecas e brasileiras que atualmente pesquisam nas áreas de movimentos urbanos, sociologia urbana e planejamento urbano.

Mais especificamente, ao final de três anos (2019-2022) deverá construir uma nova rede colaborativa entre pesquisadores do Instituto de Habitação e Pesquisa Urbana da Universidade de Uppsala (Suécia) e da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte, Brasil).

Ao reunir um grupo de cientistas sociais, arquitetos, geógrafos e urbanistas, de todas as etapas da carreira, mas com um número importante de acadêmicos no início da carreira, este projeto busca fortalecer suas atividades de pesquisa e ensino superior, oferecendo a oportunidade de colaborar com colegas internacionais e aprender com suas diferentes estruturas teóricas, estudos de caso e resultados de pesquisa.

Com foco nas diferentes realidades geográficas, econômicas e sociais, os pesquisadores suecos e brasileiros que colaborarão neste projeto concordam com a rápida proliferação de processos de desenvolvimento urbano, que transformaram cidades européias e latino-americanas em locais primários para a implementação de uma agenda neoliberal. A crescente gentrificação dos bairros, a comercialização e a privatização dos estoques habitacionais e do espaço público, os deslocamentos, despejos, criminalização e marginalização enfrentados pelas comunidades urbanas são apenas algumas expressões do neoliberalismo urbano e suas consequências negativas para a vida dos moradores desfavorecidos.

Essas estratégias, no entanto, foram contestadas por atores coletivos mobilizados para o “exercício do poder coletivo sobre o processo de urbanização” (Harvey, 2012, p.4), reivindicando seu direito à cidade (Lefebvre, 1991); e rejeitando a crescente mercantilização dos espaços urbanos.

Embora várias semelhanças possam ser encontradas entre as análises passadas e em andamento desenvolvidas pelos estudiosos suecos e brasileiros, até o momento elas se concentraram em suas regiões particulares, sem se envolver em uma perspectiva intercontinental do neoliberalismo urbano e suas contestações.

Além disso, e como movimentos urbanos (como luta por habitação) e coalizões populares sobre bens (comuns urbanos) raramente foram estudados de uma perspectiva intercontinental, este projeto busca contribuir para preencher essa lacuna, reunindo diferentes estudos de caso pesquisados pelos parceiros do projeto na América Latina e Europa.

Isso permitirá uma comparação sistemática das características, estruturas, práxis e resultados dos movimentos, a fim de avançar uma abordagem transnacional para o estudo dos movimentos urbanos.

OBJETIVOS

  • Construir uma parceria colaborativa e internacional entre acadêmicos da Universidade de Uppsala (Suécia) e da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil), focada nos campos dos movimentos urbanos, o direito à moradia e o direito à cidade.
  • Promover a discussão acadêmica internacional e o intercâmbio de conhecimentos sobre pesquisas sobre movimentos urbanos, o direito à moradia e o direito à cidade nos países europeus e no Brasil.
  • Desenvolver uma abordagem inovadora comparativa e transnacional além da divisão Norte Global / Sul Global para o estudo dos movimentos urbanos na Europa e na América Latina.
  • Fortalecer a colaboração acadêmica e o impacto do alcance através do intercâmbio e envolvimento dos parceiros do projeto nas atividades de ensino e divulgação na Suécia e no Brasil.
  • Apoiar o desenvolvimento de jovens pesquisadores e estudantes de doutorado no início da carreira por meio de atividades de intercâmbio, treinamento e divulgação científica.

Espera-se que os trabalhos a serem apresentados durante o workshop abranjam, pelo menos, uma das duas principais razões desse projeto colaborativo (como descrito acima):

  • Compreender a implementação de uma agenda urbana neoliberal na Europa e / ou na América Latina (fazer a crítica, discutir estratégias e possibilidades de contraposição, contestação)
  • Compreender as características, estruturas, práxis e resultados dos movimentos urbanos do “direito à cidade / bens comuns” na Europa e / ou América Latina
  • Comparações entre casos na América Latina e na Europa não são necessárias no momento. De fato, nesta segunda etapa da fase inicial, tentaremos adicionar casos de outros países, não apenas da Suécia e do Brasil, embora estes sejam incluídos de forma central.

Um enfoque especial deve ser dado aos referenciais teóricos, aos contextos específicos relacionados aos estudos de caso e aos resultados da pesquisa, uma vez que os colaboradores podem ter antecedentes e abordagens diferentes.Esta reunião deve servir para esclarecer essas diferenças e buscar bases comuns para avançar.

Em particular, uma preocupação teórica chave deste projeto é como entender a relação entre política contenciosa (os conflitos entre movimentos e seus oponentes) e as condições estruturais (dinâmica capitalista, estruturas de classe / gênero / etnia, desenvolvimento urbano, oportunidades políticas, discursivas / lutas culturais sobre hegemonia) que restringem esses conflitos.

Alguns dias antes ou depois do workshop, visitaremos experiências de ativistas na RMBH. A participação no workshop é limitada aos participantes de ambas as equipes, mas várias contribuições externas também serão aceitas. Estudantes de Graduação, Pesquisadores, Estudiosos locais e outras pessoas interessadas (ativistas, artistas etc.) também podem ser convidados para a oficina, caso haja espaço disponível (até 40 lugares).

NOSSOS CONVIDADOS

Miguel Martinez

My first interests focused on Participatory-Action-Research methods and processes. These were applied to the study of citizen participation in urban planning and urban movements, which nurtured my PhD dissertation in 2000. Afterwards, I held teaching positions in different universities of Spain, Portugal and Hong Kong. In parallel to my academic career I also worked professionally at the Municipal Housing Department in Vigo (2000-2002) and occasionally as a consultant as a sociologist in several urban plans across Spain. Other topics I have covered in my research are urban sustainability, segregation, housing, density, globalisation, mobility and governance. These concerns were developed in different cities (mainly Porto, Vigo, Madrid and Hong Kong, but also during short stays in Medellin, Chicago, Beijing, Berlin, Amsterdam, Buenos Aires, etc.). In addition I have participated quite often in various social movements. This led me to focus, in particular, on the squatters’ movement over the last decades and to launch the activist-research network SqEK (Squatting Europe Kollective) in 2009. From 2011 I widened my critical approach with the study of anti-neoliberal, pro-democracy and pro-commons movements such as the 15M / Indignados in Spain and the Umbrella Movement in Hong Kong.

I am mostly focused on the analysis of urban movements and activism. In addition, I am interested in participatory processes about urban planning. Other topics under the umbrella of urban sociology and urban politics, such as housing policies, socio-spatial segregation, use of public spaces, sustainable mobility, local governance and gentrification, are part of my research work as well. More broadly, social movements, political sociology and qualitative methods, too.

2019-22 Urban Struggles for the Right to the City and Urban Commons in Brazil and Europe. Funded by: STINT-CAPES. PI: Miguel A. Martínez and Dominika V. Polanska.

2018-21 Renovation and participation: towards an ecologically, socially and economically sustainable Million Program? Funded by: FORMAS. PI: Håkan Thörn.

2017-19, SqEK project, ‘Squatting and Urban Commons’, self-funded. PI: Miguel A. Martínez and Dominika V. Polanska.

2016-18, Principal Investigator, ‘Outcomes of Urban Movements and Local Governance’ [Impacts of the Spanish 15M on urban policies]. Funded by the GRF (General Research Fund), Research Grants Council of Hong Kong.

 

Don Mitchell

(born 1961) is Professor of Cultural Geography at Uppsala University (since 2017) and Distinguished Professor Emeritus of Geography in the Maxwell School, Syracuse University. From an academic household in California, he is a graduate of San Diego State University (1987), Pennsylvania State University (1989) and received his Ph.D. from Rutgers University in 1992, working with Neil Smith. He taught at the University of Colorado, Boulder before joining Syracuse in the late 1990s. In 1998, he became a MacArthur Fellow, and in 2008 a Guggenheim Fellow. He was awarded the Anders Retzius Medal from the Swedish Society for Anthropology and Geography in 2012.

● Don Mitchell. 2012. They Saved the Crops: Labor, Landscape, and the Struggle over Industrial Farming in Bracero-Era California. University of Georgia Press.

● Kenneth Olwig and Don Mitchell (eds.) 2009. Justice, Power and the Political Landscape London: Routledge.

● Lynn Staeheli and Don Mitchell, 2008. The People’s Property? Power, Politics, and the Public. New York: Routledge.

● Don Mitchell. 2003. The Right to the City: Social Justice and the Fight for Public Space.

● Don Mitchell. 2000. Cultural Geography: A Critical Introduction. Blackwell. ISBN 1-55786-892-1

● Don Mitchell. 1996. The Lie of the Land: Migrant Workers and the California Landscape. Minneapolis: University of Minnesota Press

 

João Tonucci

João Tonucci é bacharel em Ciências Econômicas (UFMG), mestre em Arquitetura e Urbanismo (USP) e doutor em Geografia (UFMG). Realizou estágio doutoral no City Institute da York University, Toronto. É professor de Economia Regional e Urbana do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional e da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar/FACE/UFMG). É também professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da EA/UFMG, e pesquisador do Núcleo Belo Horizonte do INCT Observatório das Metrópoles. Tem experiência em pesquisa, ensino e extensão na área de Planejamento Urbano e Regional, Economia Urbana, Teoria Urbana, Geografia Econômica, Economia Política e Outras Economias. Seus interesses e linhas de pesquisa incluem: Dinâmica Imobiliária e Produção do Espaço Metropolitano; Planejamento Metropolitano e Políticas Urbano-Regionais; Recursos Comuns e Propriedade Fundiária; Economia Popular e Solidária e Outras Economias; Habitação, Ocupações Urbanas e Direito à Cidade; Teorias e Epistemologias do Urbano. É líder do Grupo de Pesquisa “URBANO – Laboratório de Estudos em Urbanização, Planejamento e Outras Economias”, sediado no Cedeplar/FACE/UFMG.

2018 – Atual

Das economias alternativas às alternativas à economia: explorando conceitos e práticas socioespaciais e culturais para além da racionalidade econômica

Descrição: O objetivo geral da presente proposta é dar início a um processo de interação sistêmica entre 18 diversos grupos de estudos, pesquisas e ações de extensão que vem trabalhando em paralelo, com articulações parciais entre vários pesquisadores, em torno de investigações conceituais e de práticas de planejamento e ação concertada junto às populações metropolitanas, urbanizadas e tradicionais. Busca-se articular os conceitos apontados acima, que têm informado os diversos grupos e pesquisadores envolvidos na presente proposta, com o objetivo de avançar na compreensão teórica e prática integrada das diversas atuações em curso e em planejamento. Específicos Os objetivos específicos são vários, e nem todos estão ainda inteiramente definidos, uma vez que o sentido principal desta proposta é construir um espaço-tempo para permanente diálogo e experimentação entre os muitos pesquisadores envolvidos. Podemos entretanto listar: 1. Aprofundar e sistematizar investigações contemporâneas sobre a natureza da economia a partir do exame da sua constituição na Europa quando do nascimento do capitalismo, buscando seus desdobramentos críticos atuais, tal como vimos estudando com ?outras economias? – social, popular, solidária, entre outras. Buscar-se-á a identificação e visibilização destas outras economias, já presentes e fortemente informadas pela centralidade das dimensões ambiental, socioespacial e cultural para discutir a construção de outras formas de integração econômica e social. 2. Aprofundar estudos e compreensão das transformações das relações sociedade-natureza, tanto no contexto metropolitano (tendo a Trama Verde e Azul como principal referência) quanto nos contextos de populações tradicionais, face ao avanço da modernização e da urbanização extensiva, como particularmente no caso da Amazônia e da Índia. 3. Articular e aprofundar as relações entre os diversos grupos de pesquisa envolvidos, alguns deles já trabalhando parcialmente em conjunto, com o objetivo de clarear e tornar mais explicitamente articuladas as referências conceituais e os processos metodológicos de investigação. Seminários, encontros, visitas de professores e pesquisadores e intercâmbio de docentes e discentes, tendo como base a UFMG mas envolvendo outros centros participantes, serão os mecanismos principais a serem acionados. 4. Desenvolver pesquisas de curto prazo, em cada um dos contextos, com o objetivo de criar melhores condições para o intercâmbio de idéias e experiências entre os vários grupos.

Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

O mercado imobiliário de loteamentos informais no vetor sudoeste da RMBH

Descrição: As metrópoles do capitalismo periférico são caracterizadas por extrema desigualdade socioespacial, precariedade habitacional e pela preponderância de arranjos informais de acesso à terra e à moradia. No caso das metrópoles latino-americanas, uma das principais vias de acesso das camadas populares à cidade se dá pelo mercado informal de solo urbano, notadamente pelo submercado de loteamentos clandestinos e/ou irregulares, que opera pelo fracionamento de glebas na periferia, constituindo-se no principal vetor de expansão do tecido urbano sobre as áreas rurais e da dinâmica de periferização precária. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), esse mercado ampliou-se consideravelmente a partir da década de 1960, e sua repercussão socioespacial mais marcante foi a rápida expansão das periferias precárias e autoconstruídas que vieram a se tornar o espaço preferencial para reprodução da força de trabalho nas décadas seguintes. Mais recentemente, a RMBH vem passando por importantes transformações socioespaciais, como a expansão do eixo sul e do vetor norte, ambos processos já estudados pela literatura. Já o vetor sudoeste, que hoje se estende para além do eixo industrial oeste de Contagem-Betim, tem recebido menos atenção, apesar de grande crescimento industrial e demográfico. Uma das facetas desse crescimento, que pode ser percebida em vários municípios menores alcançados pelo processo de desconcentração industrial e metropolização, é a intenso proliferação de loteamentos urbanos informais e de chacreamentos rurais irregulares, além da ocupação de loteamentos antigos. Desse modo, o objetivo dessa pesquisa é investigar o processo socioespacial de expansão destas novas periferias metropolitanas com ênfase nos loteamentos informais, a partir de uma abordagem teórica que conjuga a economia urbana, o urbanismo e a geografia crítica, com ênfase nas teorias da propriedade, da renda fundiária urbana e da produção do espaço. A pesquisa se estrutura pelos seguintes eixos de investigação: a) quais as causas gerais e específicas deste processo?; b) quais os agentes, estrutura e mecanismos de funcionamento dos mercados?; c) como se dá a valorização do solo e a apropriação da renda fundiária?; c) quais os arranjos de posse e propriedade da terra e as formas de informalidade praticadas?; e) quais os desafios ao planejamento urbano? A pesquisa conjugará métodos quantitativos e qualitativos, tais quais: levantamento de dados secundários acerca da dinâmica sócio-demográfica e econômica dos municípios; levantamento e processamento de dados de anúncios imobiliários; entrevistas com agentes públicos e privados; trabalho de campo; e aplicação de questionários, com vistas a caracterizar os agentes, as estratégias e racionalidades dos mercados informais. Os municípios do vetor oeste/sudoeste previamente selecionados são Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas, Rio Manso e Itatiaiuçu, já previamente estudados para revisão de seus planos diretores por equipe da UFMG..

Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

Alunos envolvidos: Graduação: (4) .

2018 – Atual

Economia e cultura dos comuns: espaços e práticas de alternativas de desenvolvimento na Amazônia oriental

Descrição: O projeto, apoiado pelo Edital PROCAD/Amazônia 21/2018 (Capes) objetiva aprimorar a formação de pesquisadores e o desempenho dos docentes do programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura e Território, PPGCULT-UFT e de Economia, PPGE-UFPA através de sua associação com o Programa de Pós-graduação em Economia do CEDEPLAR-UFMG. O projeto terá duas linhas a) comuns, identidades sociais e práticas políticas e b) comuns, formas econômicas e alternativas de desenvolvimento. Através de ações conjuntas de pesquisa e ensino em torno do tema do projeto, pretende-se estimular o aprimoramento da formação de pesquisadores, elevar a qualidade da produção docente e contribuir para o avanço dos Programas nos índices de avaliação institucional. Essas ações serão materializadas através da construção de uma rede pesquisa e cooperação acadêmica, parcerias em pesquisa, ensino e orientação e criação de um grupo de pesquisa no CNPq. Com isso, pretende-se aumentar a quantidade e qualidade de dissertações, teses e artigos científicos de alto impacto produzidos nos Programas. Como estratégias metodológicas, o projeto deve adotar a oferta de disciplinas compartilhadas, missões de trabalho e a organização de eventos. Durante as missões de trabalho serão oferecidas disciplinas em período concentrado, realizados trabalhos de campo e análise dos resultados das pesquisas, tudo isso de modo compartilhado pela equipe local e pelos pesquisadores visitantes dos oriundos dos programas associados. A oferta de disciplinas deve compreender tanto disciplinas presenciais durante as missões de trabalho quanto disciplinas em rede a serem abertas aos estudantes dos três programas com suporte de ferramentas online. Finalmente, o projeto deve contar com eventos anuais com objetivo de consolidar a rede de cooperação e dar visibilidade ao trabalho realizado. Todas essas ações serão articuladas ao uso das bolsas de pós-doutorado, doutorado sanduíche e auxílio moradia, bem como verba de custeio do projeto.

Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

2017 – Atual

 

Felipe Magalhães

Professor adjunto do departamento de Geografia da Universidade Federal de Minas Gerais. Bacharel em Ciências Econômicas (2004), com mestrado (2008) e doutorado (2015) em Geografia na UFMG. Tem experiência nas áreas de Planejamento Urbano e Geografia Econômica/Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria urbana contemporânea, neoliberalismo e produção do espaço, movimentos sociais urbanos, planejamento metropolitano, cidade-região.

2016 – Atual

Interfaces entre cultura e política no novo ciclo de movimentos sociais urbanos em Belo Horizonte

Descrição: O cenário atual dos movimentos sociais urbanos em Belo Horizonte apresenta renovações importantes em relação ao ciclo histórico das últimas décadas, para alguns analistas se inserindo num ?novo ciclo de lutas? nas grandes cidades brasileiras. Uma notável característica deste quadro atual é a centralidade da questão da alteridade, e a resultante amplitude da diversidade de pautas dos diversos grupos em atuação neste âmbito da sociedade civil e dos movimentos sociais, que engendram um amplo leque de alianças e conflitos entre grupos e plataformas distintas. No bojo destas dinâmicas, observa-se uma crescente e proeminente interseção de uma parte significativa destes movimentos com o plano da cultura e da produção cultural, imagética e de subjetividades, bem como sua articulação com o espaço digital, operando no encontro entre internet e metrópole, fertilizando seus significantes. O objeto desta pesquisa é este quadro empírico, a ser abordado teoricamente a partir das discussões contemporâneas acerca: da cidade neoliberal, da alteridade como cidadania, do agonismo político como prática de democracia radical e suas implicações para o espaço público em disputa, da perspectiva pós-colonial da cidade do sul global como laboratório político de novas potências transformadoras, dentre outros. Deste modo, buscamos novas sendas de elaboração teórica acerca do terreno da política e da sociedade civil na cidade contemporânea, ao mesmo tempo propondo um trabalho sistematizado de pesquisa baseado em entrevistas em profundidade e observação participante junto a grupos selecionados, aproveitando do dinamismo e da intensidade que se observa nestes terrenos na capital mineira desde a virada da década atual..

 

Timo Bartholl

Timo Bartholl é formado em “Geografia dos Países em Desenvolvimento com Foco na América Latina” pela Universidade Eberhard-Karls de Tübingen, Alemanha (2006). Durante o estudo, em 2002/2003, cursou disciplinas da graduação na Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com bolsa de intercâmbio do Deutscher Akademischer Austauschdienst (DAAD). Entre 2003 e 2006 atuou no contexto de Fóruns Sociais Mundiais, Regionais e Locais e realizou sua pesquisa de mestrado ao participar do processo organizador do V. Acampamento Intercontinental da Juventude em Porto Alegre em 2004/2005 com apoio do DAAD. Desde 2008 mora e atua em movimentos sociais de base na Zona Norte do Rio de Janeiro, integrando, desde 2010 o coletivo e espaço comunitário ?Roça!” no Timbau/Maré. Cursou “Docência do Ensino Fundamental e Médio” na Universidade Candido Mendes (RJ) em 2009, com estágio no Centro Educacional Anísio Teixeira (CEAT) e atuou como professor comunitário de inglês, alemão e Geografia entre 2008 e 2011. Em 2011 ingressou ao curso de Doutorado em Planejamento Urbano e Regional no Instituto de Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ) e em 2012 migrou para o curso de Doutorado em Geografia (Ordenamento Territorial Urbano-Regional) da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde se formou doutor como bolsista do CNPq entre 03/2012 e 02/2014, e da FAPERJ entre 03/2014 e 02/2016. Integra desde 2012 e hoje coordena, junto ao fundador Rogério Haesbaert, o Núcleo de Estudos Território e Resistência na Globalização (NUREG/CNPq). Em 2016/2 atuou como Professor Substituto do Departamento de Geografia do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (IM/UFRRJ), ministrando as disciplinas Geografia da População e Geografia Urbana, e em 2017/1 atuou como docente no programa PARFOR/UFRRJ, ministrando a disciplina “Teoria Política”. Entre 2017/2 e 2018 trabalhou na função de Pesquisador Associado do Departamento de Geografia da Universidade de Loughborough/Inglaterra no projeto de pesquisa NutriCities, visando refletir a relação do horizonte da soberania alimentar com a periferia urbana. Desde 6/2019 atua como Professor Adjunto no Departamento de Geografia da UFF/Niterói. Leciona com focos em Geografia Regional e Geografia dos Blocos Mundiais de Poder e desenvolve Geografias em movimento(s): Geografias dos movimentos sociais e das dinâmicas territoriais nas periferias urbanas e métodos de pesquisa-ação comunitária. Na interface movimento social/universidade atua nas linhas temáticas “favelas como territórios de resistência – trabalho de base – coletivismo econômico – soberania alimentar e agroecologia”.

 

Geandra Nobre do Nascimento

Graduanda em Licenciatura em Ciências Sociais UFRJ. Atualmente é pesquisadora no projeto Música Memória e Sociabilidade na Maré, junto ao Laboratório de Etnomusicologia da UFRJ . Há seis anos atriz da Cia Marginal, grupo de teatro formado por atores-moradores da Maré, maior bairro popular do Rio de Janeiro. Em 2007 a Cia Marginal foi contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz para a montagem do espetáculo Qual é a nossa cara? , e no final de 2008 foi uma das vencedoras dos Editais de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro (SEC), na categoria manutenção de companhia .Em 2010, o grupo foi mais uma vez vencedor dos Editais de Cultura da SEC/RJ, agora na categoria montagem de espetáculo, o que possibilitou a criação de ‘Ô, LILI.

Silvia Regina Nunes Baptista

Pesquisadora negra e de origem quilombola, doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ), Mestra em Ciências pelo PPGICS/ICICT/FIOCRUZ. Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade Adventista de Educação e especialização em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos. Tem experiência em mediação social, educação popular, mobilização, comunicação popular, planejamento e gestão participativa de projetos e serviços. As fronteiras de seus interesses em pesquisa são postos pela agroecologia e saúde coletiva. Nos limites práticos, teóricos e metodológicos desses campos adota como foco de investigação a construção social do conhecimento em territórios redes constituídos por ações interdisciplinares entre educação, informação e comunicação em saúde. Adota como palavras-chave: agroecologia, educação, feminismo, informação e comunicação em saúde, território-rede, produção social do espaço; povos e comunidades tradicionais, conhecimento tradicional e local, construção social do conhecimento. Desenvolveu a pesquisa denominada “Comunicação oral em redes sociotécnicas orientadas a plantas medicinais: a relação entre informação científica e conhecimento tradicional”. Atualmente participa da pesquisa-ação Etnobotânica e conservação aplicada às plantas medicinais como subsídios para a introdução de espécies nativas do Bioma Amazônico no Sistema Único de Saúde de Oriximiná ? Pará, Brasil (Projeto Fitorixi), é diretora administrativa da Associação de Agricultores Orgânicos de Vargem Grande (Agrovargem), é co-autora do Projeto Convergência política nas Vargens: O Empoderamento de Mulheres e Jovens, onde atua como voluntária

 

André dal’Bo

Arquiteto urbanista graduado pela Universidade Estadual de Campinas (2009), mestre (2013) e doutor (2019) pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, com estágio de pesquisa na Université de Paris Nanterre (2017). Possui experiência em pesquisa e docência na área de arquitetura, urbanismo e planejamento urbano, atuando principalmente nos seguintes temas: cidades, movimentos sociais, neoliberalismo, subjetividade neoliberal e produção do espaço.

 

Isadora Guerreiro

É pesquisadora bolsista de Pós-Doutorado junto ao Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (Labcidade) da FAU-USP, supervisionada pela Profa. Dra. Raquel Rolnik. Fez Graduação (2005), Mestrado (2010) e Doutorado (2018) em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo. Ex-coordenadora do Coletivo Usina – Centro de Trabalhos para o Ambiente Habitado. Linha de pesquisa vinculada à produção de Habitação, Planejamento Urbano e Territorial, Políticas Públicas e Movimentos Populares, articulando a realidade local do Brasil com a conjuntura de predominância financeira mundial.

 

Harley Silva

Professor da Facecon-UFPA. Doutor em Economia pelo Cedeplar-UFMG, bolsista do CNPq. Pesquisador visitante, com bolsa Doutorado-Sanduíche no Exterior da Capes, no Tropical Conservation and Development, na University of Florida (Nov/2014 – Ago/2015). Mestre em Demografia (Cedeplar-UFMG 2008), com graduação em Economia (2005) e História (1998) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atua como profissional, docente e pesquisa nas áreas de economia urbana e regional, planejamento urbano metropolitano, desenvolvimento socioeconômico na Amazônia brasileira, planejamento e desenvolvimento urbano-ambiental, organização do espaço e meio-ambiente.

2018 – Atual

Base urbana, recursos regionais e desenvolvimento na Região Metropolitana de Belém do Pará.

Descrição: O objetivo do projeto é organizar um núcleo de pesquisa em economia regional e urbana na FACECON-UFPA, voltado para a formação teórica, metodológica e pesquisa empírica sobre as alternativas de desenvolvimento na região amazônica baseadas em recursos da biodiversidade regional e mediadas pela vida urbana e suas estruturas..

Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

“Economia e cultura dos comuns”.

PROCAD – PPGCult (UFT) – PPGE (UFPA) – CEDEPLAR (UFMG).Descrição: O projeto ?Economia e cultura dos comuns: espaços e práticas de alternativas de desenvolvimento na Amazônia oriental? objetiva aprimorar a formação de pesquisadores e o desempenho dos docentes do programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura e Território, PPGCULT-UFT e de Economia, PPGE-UFPA através de sua associação com o Programa de Pós-graduação em Economia do CEDEPLAR-UFMG. O projeto terá duas linhas a) comuns, identidades sociais e práticas políticas e b) comuns, formas econômicas e alternativas de desenvolvimento. Através de ações conjuntas de pesquisa e ensino em torno do tema do projeto, pretende-se estimular o aprimoramento da formação de pesquisadores, elevar a qualidade da produção docente e contribuir para o avanço dos Programas nos índices de avaliação institucional..

Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

Das economias alternativas às alternativas à economia: explorando conceitos e práticas socioespaciais

Descrição: O objetivo geral da presente proposta é dar início a um processo de interação sistêmica entre 18 diversos grupos de estudos, pesquisas e ações de extensão que vem trabalhando em paralelo, com articulações parciais entre vários pesquisadores, em torno de investigações conceituais e de práticas de planejamento e ação concertada junto às populações metropolitanas, urbanizadas e tradicionais. Busca-se articular os conceitos apontados acima, que têm informado os diversos grupos e pesquisadores envolvidos na presente proposta, com o objetivo de avançar na compreensão teórica e prática integrada das diversas atuações em curso e em planejamento. Específicos Os objetivos específicos são vários, e nem todos estão ainda inteiramente definidos, uma vez que o sentido principal desta proposta é construir um espaço-tempo para permanente diálogo e experimentação entre os muitos pesquisadores envolvidos. Podemos entretanto listar: 1. Aprofundar e sistematizar investigações contemporâneas sobre a natureza da economia a partir do exame da sua constituição na Europa quando do nascimento do capitalismo, buscando seus desdobramentos críticos atuais, tal como vimos estudando com ?outras economias? – social, popular, solidária, entre outras. Buscar-se-á a identificação e visibilização destas outras economias, já presentes e fortemente informadas pela centralidade das dimensões ambiental, socioespacial e cultural para discutir a construção de outras formas de integração econômica e social. 2. Aprofundar estudos e compreensão das transformações das relações sociedade-natureza, tanto no contexto metropolitano (tendo a Trama Verde e Azul como principal referência) quanto nos contextos de populações tradicionais, face ao avanço da modernização e da urbanização extensiva, como particularmente no caso da Amazônia e da Índia. 3. Articular e aprofundar as relações entre os diversos grupos de pesquisa envolvidos, alguns deles já trabalhando parcialmente em conjunto, com o objetivo de clarear e tornar mais explicitamente articuladas as referências conceituais e os processos metodológicos de investigação. Seminários, encontros, visitas de professores e pesquisadores e intercâmbio de docentes e discente